segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Essa semana vamos voltar voando pela história de Santos Dumont.
A história de Alberto Santos Dumont é motivo de orgulho para nós brasileiros. Considerado o pai de Aviação, deu asas a sua imaginação e com criatividade, ousadia e genialidade, desafiou as leis da gravidade e decolou com o 14 Bis, realizando a façanha do primeiro vôo da história da humanidade no dia 23 de outubro de 1906 na França.
Ele nasceu na cidade de Palmira – Belo Horizonto (MG) em 20 de julho de 1883. sua infância foi vivida na fazenda, onde mantinha o hábito de brincar na oficina mecânica de seu pai.
Aos 19 anos, Santos Dumont viaja para a Europa. Na França, ingressa no automobilismo e mais tarde inicia seus estudos técnicos e científicos.
Seu primeiro projeto foi o dirigível, o N-1 que tinha 25 metros de comprimento. Dumont fez ao todo seis projetos de balões dirigíveis, mas o que lhe deu notoridade foi o balão N-6, com ele Santos Dumont conquistou o prêmio Deutsch (prêmio no valor de 100.000 francos /20.000 dólares, criado em 24 de março de 1900 pelo milionário francês Henri Deutsch de la Meurthe, destinado a quem criasse a primeira aeronave dirigível prática).
O presidente do Brasil Campos Salles, enviou-lhe um prêmio de igual valor ao recebido pelos organizadores do evento e uma medalha de ouro com os dizeres: “Por céus nunca antes navegados”, uma alusão a Camões.
O vôo do 14 Bis foi realizado frente a uma enorme platéia, e para o espanto de todos, depois de percorrer 100 metros o biplano decolou, o primeiro vôo completo da aviação estava realizado. Pela primeira vez na história, homem e maquina haviam se elevado no espaço sem a ajuda de qualquer artifício, estava criado o avião.
Diversos novos aviões foram desenvolvidos por Santos Dumont: N-15, N-16, N-17 e o N-18; chegando as “Demoiselles”, menores e mais baratos aviões de sua época.
Um acidente ocorrido em um vôo de estréia da Demoiselle VIII, onde uma das asas se rompeu, afastou Santos Dumont da carreira aeronáutica como piloto. O sonho dele era que o avião se tornasse um veículo popular de locomoção.
Problemas de saúde afastaram Santos Dumont da aviação, começou a sofrer de esclerose múltipla, doença que o afastou do convívio social. Com o começo da Primeira Guerra Mundial os aeroplanos começaram a ser usados para combater as tropas inimigas de onde eram disparadas bombas e rajadas de metralhadoras. O pai da aviação vê seu sonho transformar-se em pesadelo. Fez fortes apelos a liga das nações para que não fosse permitindo o uso de aviões em guerra. A angústia e a depressão levaram Santos Dumont ao ‘suicídio’ (existem outras teorias não confirmadas que falam em acidente e assassinato).
Durante o ataque ao campo de Marte, dia 23 de julho de 1932 em São Paulo, enquanto aviões cruzavam os céus do Guarujá, Dumont deu fim a sua própria vida. Palco desse cenário foi a Revolução Constitucionalista, onde São Paulo se levantou contra o governo de Getúlio Vargas.
Antes de sua morte Santos Dumont tinha sido eleito membro da Academia Brasileira de Letras, mas não chegou a ocupar a cadeira.
Alberto Santos Dumont, o pai da aviação, não deixou descendentes, mas deixou uma enorme contribuição a aeronáutica e a obviamente ao desenvolvimento e evolução da sociedade. Um grande herói nacional!

Curiosidades:
Dumont era um homem muito supersticioso, após o acidente de 08 de agosto de 1901 no Hotel Trocadero não teve um dirigível número 8, pulou do número 7 para o número 9, e usava em seus vôos uma meia de Madame Letellier amarrada ao pescoço, que foi uma das mulheres mais famosas da Europa e tinha tido muita sorte na vida.

Até mais futuros Coringas!

Um comentário:

  1. O texto ótimo e a curiosidade então super interessante. Adorei...
    Valeu grupo!

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